A presidente do Grupo de Trabalho sobre Farmácia Comunitária do Conselho Regional de Farmácia do Maranhão, Dra. Olnivania Almeida, conta que o principal fator para se atuar na área de Farmácia Comunitária é ter paixão pelo o que faz. “Quando você sai da faculdade, embora existam os medos com relação a pouca experiência, essa paixão pela farmácia, ela deve ser, primeiramente, plantada durante a faculdade. Ela faz com que nos encontremos na área após a graduação”, afirma.
A farmácia comunitária é a primeira visão que o profissional farmacêutico tem quando sai da graduação. Mesmo antes de se tornar um profissional, ele já tem a farmácia comercial, a drogaria como conhecemos, como identidade, por ser a área mais comum de atuação, devido à maior quantidade de empregos ofertadas no mercado.
As farmácias são importantes locais para busca de atendimento e possível porta de entrada de pacientes no sistema de saúde. Os farmacêuticos são os profissionais de saúde mais disponíveis para a população em geral. Assim, os serviços farmacêuticos são tão importantes para o cuidado ao paciente quanto os serviços fornecidos por outros profissionais de saúde.
Isso proporciona aos farmacêuticos comunitários a oportunidade de prover aconselhamento aos pacientes, interagir e discutir suas necessidades, fornecer informação sobre medicamentos e sobre o cuidado de doenças, incluindo a busca de outros profissionais. Portanto, suas ações apoiam o sistema de saúde e adquirem confiança pública.
“A farmácia comunitária reúne todo um leque da profissão. Ela vai desde o contato com o paciente, até o acompanhamento do mesmo. Tudo isso de forma muito próxima. Por ser o farmacêutico da comunidade, do bairro do paciente, ele presta um serviço essencial quanto ao acompanhamento das doenças e da farmacoterapia”, explica.
O objetivo da farmácia comunitária é a dispensação de forma humanizada. Além da dispensação, atualmente, o conceito de Cuidados Farmacêuticos engloba um conjunto de processos clínicos tais como b a indicação, a revisão da terapêutica, a educação para a saúde, a farmacovigilância, o segmento farmacoterapêutico e, no âmbito geral, o conceito designado como o uso racional do medicamento.
Dessa forma, as farmácias comunitárias funcionam como um posto avançado de cuidados à saúde e fogem da realidade de meros estabelecimentos comerciais geradores de lucros. O paciente é o centro das atividades do farmacêutico.
Amor a primeira vista
E foi esse atendimento humanizado que encantou a farmacêutica logo no seu primeiro emprego, em uma farmácia comercial, com 14 dias de graduada. “A proximidade com a população, ter esse contato íntimo, conhecer suas histórias, realizar um atendimento de forma nominal, personalizado e único; por cada paciente é um ser único. Isso foi muito especial para mim. A confiança que os pacientes têm nos profissionais das farmácias comunitárias é conquistado ao longo do tempo. Foi onde eu conheci o mundo da assistência farmacêutica e da aplicação da conduta terapêutica”, relembra Dra. Olnivania Almeida.
Atualmente, Dra. Olnivania Almeida atua na gestão de uma farmácia hospitalar. Um novo desafio, que ela aceitou com muita dedicação. No entanto, ela não deixou seu amor pela farmácia comunitária.
“Vou abrir minha própria farmácia e estou muito feliz. Ainda estamos com muitos desafios, mas é muito bom ver esse sonho sair do papel. Iniciamos o projeto em 2020, mas, devido à pandemia, foi preciso frear um pouco o projeto. Agora em 2021, estamos voltando, finalizando os últimos trâmites para transformar esse sonho em realidade”, finaliza.